A ocupação Povo Maravilha, na zona portuária do Rio, reforçou a campanha de doação de mantimentos para as famílias acampadas. Entre os principais necessidades neste momento estão alimentos, água, gás de cozinha, lona grossa e material de limpeza.
Cerca de 200 famílias organizadas no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) pressionam o governo a efetivar políticas de moradia popular no local. A ocupação tem recebido a visita e o apoio de políticos e lideranças religiosas desde a sua consolidação há duas semanas.
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As doações em dinheiro podem ser realizadas via PIX ([email protected]). A comunidade organizou uma cozinha solidária onde são preparadas as refeições.
Demanda por moradia popular no centro do Rio
Segundo MTST, foram entregues menos de 1% das moradias populares previstas no Plano de Habitação de Interesse Social (PHIS) na região do Porto Maravilha. As obras de revitalização da região receberam investimentos públicos desde antes Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Na última semana, o prefeito Eduardo Paes (PSD) assinou um acordo em que se compromete com a construção de moradia popular no local por meio do programa Minha Casa Minha Vida. O terreno abandonado na av. Rodrigues Alves, n° 827, pertence à empresa pública federal Docas (PortosRio).
A companhia Docas suspendeu a reintegração de posse na Justiça do Rio para prosseguir com a negociação com o MTST. Ainda não há data para audiência de conciliação entre as partes.